sábado, julho 30, 2011

A8

Vazembóra...

domingo, julho 24, 2011

Lengalenga

Eu expludo,
Tu explodes,
Ele(a) explode,
Nós explodimos,
Vós explodis,
Ele(a)s explodem...

Ai, ai, ai, ai, eu não sou o teu capacho...



Paul Revere and the Raiders


The Monkees


The Merton Parkas


The Vicious White Kids


Minor Threat


Cryptic Slaughter


"(I'm Not Your) Steppin' Stone" (wiki)

quinta-feira, julho 21, 2011

Westerns from the seventies

Mais precisamente 3. Mais concretamente de 1972, todos. Provavelmente, o melhor ano {tendo em conta o volume} em matéria de westerns. Sem sombra de dúvida, a melhor década. Obras-primas dos anos setenta como Pat Garret and Billy the Kid ou The Hired Hand ou Giù la Testa, todos eles elevados a filmes de culto, não têm lugar aqui. Não, hoje apenas há lugar para westerns obscuros, daqueles que ficarão para sempre à espera. Não percam a oportunidade. É mergulhar no maravilhoso mar dos torrents e dedicar o fim-de-semana que aí vem à poeira, ao mau whiskey, à pradaria, ao cuspo em barda, ao tziiiiing-tziiiiing e a uma belas de umas frases bem ditas, aqui e ali, ao som dos grilos.

The Culpepper Cattle Co. {1972}, de Dick Richards.

Dirty Little Billy {1972}, de Stan Dragoti.

Bad Company {1972}, de Robert Benton.



quarta-feira, julho 20, 2011

Bons alemães



Também os há. Sempre os houve. E no dia em que se celebram {será?; e alguém celebra coisas destas?} os 67 anos passados sobre o atentado de Julho de 1944, deixo uma sugestão de serão. É ir ao Vuze e sacar o magnífico The Restless Conscience {1992}, de Hava Kohav Beller. É uma experiência muito boa. Garanto-vos. Gute Nacht!

segunda-feira, julho 18, 2011

U-boot läuft zu neuer Feindfahrt aus




{clickar para ampliar, SFF}

quinta-feira, julho 14, 2011

Foi há 222 anos...

— Aux armes citoyens!
— Oh, la, la... Oh, mon Dieu!
ZIIIIING!
THOOMP!
— Vive la France!

terça-feira, julho 12, 2011

Pequeno momento fatela...


A propos de L'Été Meurtrier {1983}. Acabadinho de rever. Só tinha umas leves memórias do olhos da Adjani. Sim, ok, também das suas fesses... E, por um lado, ainda bem. Que filme mais marado. Que efeitos terá tido este filme em mim ainda está por esclarecer. A adolescência é, de facto, um lugar estranho. Bons banhos...

domingo, julho 10, 2011

Mística

A Mística é isto. A Mística é Pablo Aimar. É jogar cada jogo como se este fosse o último. Como se fosse a coisa mais importante da vida. Porque é. Não só porque cada jogo é uma oportunidade mais de vestir o manto sagrado, como {e sobretudo} cada jogo decorrido aproxima o jogador do ponto que ele mais quer evitar. O fim da carreira. O fim da linha. Cada jogo jogado é um passo nessa direcção. O último jogo é uma realidade inexorável. E cada jogo leva-nos lá. Muitos jogadores desperdiçam carreiras numa incrível sucessão de jogos esbanjados. Muitos jogadores deixam os jogos passar por eles. Aimar não. Aimar passa pelos jogos. Diz-lhes «estou aqui para vos comer, do primeiro ao último minuto». Porque cada jogo é para levar a sério. E Aimar leva cada jogo a sério. E no meio de tanta seriedade, ele brinca. E ri. E grita. E acena, esbraceja e dá ordens. Porque aquilo é a sua vida. Ver Aimar em campo, ver Aimar movimentando-se, é ver a vida a desenrolar-se, a pulsar. E isso não tem preço. E é por isso que a Mística, ao contrário do que muitos bons benfiquistas andam a apregoar, não morreu. Ainda não morreu. Não. E este ano, esta época, uma vez mais não morrerá, mantear-se-á viva. Pois Aimar está em campo. Do princípio até ao fim. É pouco? Não. Nada. É o suficiente para me fazer renovar o meu lugar cativo. É o suficiente para me levar ao estádio. É o suficiente para me fazer cantar. Um jogador sozinho não faz uma equipa? Provavelmente não. Não é garantia de campeonato ganho? Claro que não. Mas faz um adepto feliz. E um adepto feliz faz um clube. E isso é a Mística!

quinta-feira, julho 07, 2011

Lixarada

Lixo na banca.
Lixo nos sentimentos.
Lixo na rua.
Lixo na repartição.
Lixo na praia.
Lixo no luxo.
Lixo à mesa.
Lixo no IC19.
Lixo nos correios.
Lixo na Carris.
Lixo na Assembleia da República.
Lixo nos rios.
Lixo nas serras.
Lixo na Federação Portuguesa de Futebol.
Lixo na miséria.
Lixo na cultura.
Lixo na lota.
Lixo no jardim.
Lixo no livro escolar.
Lixo no escritório.
Lixo na livraria.
Lixo no Chiado.
Lixo na Rua da Prata.
Lixo na redacção.
Lixo no teleponto.
Lixo na entrevista.
Lixo no luto.
Lixo na condecoração.
Lixo a prestações.
Lixo no QREN.
Lixo co-financiado.
Lixo laureado.
Lixo centenário.
Lixo nas drogas.
Lixo no bairro.
Lixo no lago.
Lixo no Alfeite.
Lixo no desfile.
Lixo nas permutas.
Lixo nas queimas.
Lixo nos alugueres.
Lixo na obra.
Lixo na passadeira.
Lixo no túnel.
Lixo no semáforo.
Lixo no panteão.
Lixo no Lux.
Lixo light.
Lixo na escrita.
Lixo na dita.

Been there. Done that. Tell me something new.

É lixado!

Mas afinal o que nos custa assim tanto? Ouvir a Moody's, a Fitch e a Standard & Poor's chamar-nos de lixo? Ou sabermos, lá no fundo, que as ditas agências até têm razão e que não passamos de lixo? Infelizmente, uma vez mais, trata-se da primeira. É a indignaçãozinha do costume. Fosse a segunda e talvez pudéssemos um dia deixar de o ser. Mas, como sempre, a solução mais fácil, mais imediata, tão imediata que é já natural, é a do ofendido, a do pequeno injustiçado, e nunca a daquele que aproveita o golpe para se recolocar em posição. Ainda ontem lia na caixa dos comentários de um qualquer post recheado de indignação a seguinte invectiva: «Eles nem sabem com que povo se meteram!». Sabem, sabem, caro compatriota desiludido. E por isso mesmo saiu aquela nota. Ou pensa que eles lá nas agências não sabem que por cá os futuros magistrados da nação copiam nos exames? Sabem, sabem, pequeno guerreiro luso {sem poção mágica, felizmente...}. Ou pensa que eles lá nas agências não sabem que isto é um país de merceeiros, lápis atrás da orelha, discurso eternamente saudosista e um porradão de favorzinhos a mover a economia? Pois. Tivéssemos a coragem de olhar para os nossos defeitos, de encarar os nossos medos, os nossos vícios e as nossas deficiências e muito provavelmente não estaríamos nesta situação. Mas não. A indignação grassa. Logo, afasta-nos do problema, melhor, retira-nos, desresponsabilizando-nos, do problema. O problema já não somos nós, mas sim o insulto, a ousadia da agressão. A indignação está infinitamente mais bem cotada do que a vergonha em terras lusas. Não interessa saber se há um mínimo de justificação nisto tudo {quem de perfeito juízo emprestaria dinheiro a Portugal sem garantias atrás de garantias?!}; há, pelo contrário, que encontrar rapidamente o objecto da nossa revolta, da nossa indignação. É sempre a mesma história, há sempre um responsável, nunca nós, sempre alguém; já foi o Platini, já foram os finlandeses, os holandeses, a Merckel... Há uns meses atrás foi fácil, eram já seis anos seguidos de Sócrates, o nazi, o monstro, o drácula, o arrogante, e foi correr com ele {graças a Deus existem as eleições...}. Agora, são as agências, os especuladores, os capitalistas selvagens, os tais meninos depilados a laser que têm de pagar a coca que consomem nas festas. Mas quem vai correr com as agências? Pois, também me parece. Aqui não há eleições que nos valham. Aliás, para piorar ainda mais a nossa situação de indignado aldrabão, nunca antes nos passou pela cabeça desejá-las. Nunca antes as agências foram um problema, pois não? É que enquanto nos avaliavam bem {na realidade, mal} tudo estava bem {na realidade, mal}. Agora que nos avaliam {finalmente} bem, tudo está mal {pensamos nós}... É lixado!

quarta-feira, julho 06, 2011

5 de Julho de 1982



Hoje completam-se precisamente 29 anos sobre o dia em que chorei pela primeira vez por causa de um jogo de futebol. Estou certo de que não chorei sozinho, nesse já distante dia. Segundo o WolframAlpha seriam 127 milhões mais... 1. Um dia destes não se esquece.

Lembro-me dessa tarde como se tivesse ocorrido ontem. Em tempos escrevi sobre isso e relembro hoje esta passagem: «E naquele fatídico jogo frente a Paolo Rossi {nunca um hat-trick, numa altura em que nem sequer sabia que tal coisa existia, me soube tão mal...} eu saboreei o amargo da derrota, a injustiça injustificável. Foi um baptismo terrível. Ali começava a minha devoção ao mundo da bola e ali eu chorei pela primeira vez por causa de um resultado de um jogo de futebol. Encontrava-me de férias no hotel da Torralta {o amarelinho; o mesmo amarelinho do escrete...} na serra da Estrela com o meu pai, nunca me esquecerei. Vi o jogo dentro do hotel, numa televisão na sala de estar, em silêncio, angustiado. Terminado o jogo, fui dar uns toques de bola, na relva, lá fora, com o meu pai. Sempre em silêncio. Aguentando em surdina algo de muito estranho para mim. Até que rebentei e chorei como a criança que era. É isto que guardo daquele que foi, provavelmente, o melhor escrete canarinho de sempre».