sábado, janeiro 29, 2011

I had a dream last night

Imaginem que a Revolução de Jasmim tunisina leva ao desmoronamento do império de Mubarak, que daqui a onda segue rumo a Argel, deixando o califado de Khadafi de rastos, indo ainda roer por completo o reinado totalitário marroquino e, trabalhando no outro extremo do Mediterrâneo, ainda tem tempo e oportunidade para renovar regimes e vontades políticas em países como o Líbano, a Síria, a Jordânia, a Turquia... Eu imaginei isto ontem à noite. E vi, no final da tempestade, Israel, esse bastião da "democracia", facínora, envergonhada, isolada, finalmente vergada perante os seus próprios gestos. Talvez então...

domingo, janeiro 23, 2011

Arrependido

De não ter fotografado o meu boletim de voto. Estava tão lindinho! Sócrates em maiúsculas, assim mais ou menos bem desenhadinhas {o tempo também não abunda, nao é?} e um quadradinho com um X lá dentro. Soube-me bem. Pensei que me ia custar, sempre era a primeira vez... Mas não. O meu primeiro voto nulo foi isso mesmo, valioso.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Vou para nulos...

Agora que entramos no famoso período de reflexão, e como eu ando a matutar nisto há já uns dias valentes, eis a minha decisão. Está tomada. É que nem reflicto mais. O meu voto {pela primeira vez na minha vida de eleitor} vai ser nulo. Num país de nulidades, numa eleição de nulos, o voto não pode ser outro. Domingo que vem, levanto o rabinho, visto o fato domingueiro, vou ao liceu que nunca frequentei e rabisco o boletim. Vou lá fazer um quadrado a mais. Assim bonitinho, com as mesmas dimensões dos outros. E à frente vou escrever Sócrates. E pronto. Voto nulo, voto Sócrates. Voto no melhor dos nulos. E na segunda-feira vou trabalhar. De manhã, que à tarde vou ficar a ver uns filmes que estão ali guardados à minha espera.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Ari Gold for President



Há uns anos atrás era o Doug Wilson o candidato mais apetecível. Hoje o meu voto iria directo para Ari Gold. Almighty Gold. Bless you!

sexta-feira, janeiro 14, 2011

terça-feira, janeiro 11, 2011

Ai, a minha vida...

Ontem e hoje a inserir emendas na paginação de uma revista académica, cheia de artigos interessantes escritos por interessantes académicos. Mais um número de uma série de números, de uma revista que me dá um gozo enorme paginar. A grande diferença é que desta vez {pela primeira vez e daqui para a frente} a revista vai seguir e cumprir com o novo acordo ortográfico. Nem queiram saber o que para aqui vai... Onde antes imperava a procura da famosa gralha e a sua respectiva emenda, o debate sobre uma concordância, a análise da melhor solução gráfica para uma tabela, agora grassa a destruição da língua escrita... Passei dois dias a retirar cs e ps e quejandos... O comer das letras a mais, aquelas que não lemos, aquelas que agora saem de cena, mais parece um insensível metralhar na página, um abrir de buracos que é um disparate. De cada vez que posiciono o cursor e primo a tecla delete {ou backspace}, e assim acabo com letras que ali estão há quase 40 anos {é a minha perspectiva que conta, não se esqueçam...}, são verdadeiros golpes de machado que me custam horrores. Isto pode parecer parvo, mas não é. E até pode parecer que estou contra o acordo ortográfico, e não estou. É o dilema, é a ambiguidade que é estranha. Sei que estou a fazer o correcto, é o que agora se impõe, é o que o cliente quer, mas custa-me fazê-lo. Será, certamente, uma questão de habituação. Por enquanto é só uma enorme deceção... aha!, vêem... perdão, veem?

E o drama de quem acreditar mesmo {sei lá, como o Mourinho...} na nação...

«O termo "nacionalismo", como se pode ver, não está sendo usado nesta investigação inteiramente no mesmo sentido em que é empregado na vida cotidiana. No uso corrente, o adjetivo "nacionalista" é, com freqüência, vagamente distinguido de outros como "nacional" ou "patriótico" a fim de expressar censura, com a ajuda do primeiro termo, e aprovação, com a ajuda do segundo. Mas em muitos casos, aquilo a que se chama "nacionalismo" é, simplesmente, o "patriotismo" de outros, e o que uma pessoa designa por "patriotismo" é a sua própria forma de "nacionalismo".» Norbert Elias, Os Alemães. A luta pelo poder e a evolução do habitus nos séculos XIX e XX, Jorge Zahar Editor, 1997.

O drama da minha vida...

«A imagem que um indivíduo faz da nação de que forma parte é também, portanto, uma componente da imagem que ele tem de si mesmo, a sua "auto-imagem". A virtude, o valor e o significado da nação também são os dele próprio. As teorias sociológicas e psicossociais correntes, na medida em que se interessam por tais problemas, oferecem o conceito de identificação para reflexões sobre fenômenos desse gênero. Entretanto, é um conceito não inteiramente adequado para o que realmente se observa neste caso. O conceito de identificação faz parecer que o indivíduo está aqui e a nação ali; subentende que "indivíduo" e "nação" são duas entidades diferentes, separados no espaço. Como as nações consistem em indivíduos, e os indivíduos que vivem nas mais desenvolvidas sociedades-Estados do século XX pertencem, na grande maioria dos casos, de forma inequívoca, a uma nação, uma conceituação que evoque a imagem de duas diferentes entidades separadas no espaço, como mãe e filho, não se ajusta aos fatos.
As relações desse tipo só podem ser adequadamente expressas em termos de pronomes pessoais. Um indivíduo não só tem um "eu-imagem" e um "eu-ideal", mas também um "nós-imagem" e um "nós-ideal". É um aspecto central da nacionalização do ethos e do sentimentos individuais, o qual pode ser observado empiricamente nas sociedades-Estados industriais dos séculos XIX e XX, que a imagem dessas sociedades-Estados, representada, entre outros, por símbolos verbais como "nação", constitui uma parte integrante dos "nós-imagens" e dos "nós-ideais" da maioria dos indivíduos que formam, uns com outros, sociedades desse tipo. [...] Dizer "Sou russo, americano, francês", ou seja o que for, subentende usualmente "Eu e nós acreditamos em idéias e valores específicos", "Eu e nós suspeitamos e sentimo-nos mais ou menos antagônicos em relação a membros desta ou daquela nação-Estado", "Eu, assim como nós, temos vínculos e obrigações em relação a esses símbolos e á coletividade que eles representam". Além disso, a imagem desse "nós" forma parte integrante da organização da personalidade do indivíduo que, nesses casos, usa os pronomes "eu" e "nós" com referência a si mesmo.» Norbert Elias, Os Alemães. A luta pelo poder e a evolução do habitus nos séculos XIX e XX, Jorge Zahar Editor, 1997.

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Tantos anos depois... e ainda temos de aturar este ser... safa!

Há 15 anos atrás fui um dos lucky few a participar no projecto "Estás Dispensado". Estávamos em 1996 e Cavaco Silva corria para Belém, após prolongado tabú. Naquele Janeiro foi Jorge Sampaio quem ganhou, logo na primeira volta. O povo estava farto do homem de Boliqueime, caramba! Mas o homem não desistiu, esperou pacientemente {enquanto fazia uns negócios chorudos com os seus amigos da SLN...}, chegou mesmo a Belém e hoje, infelizmente, parece que esta colecção de cromos ainda dá ares de fazer sentido. É impressionante a longevidade política deste ser... só mesmo por estas bandas... safa!

Aqui ficam os cromos. Partilhem à vontade. Coloquem no nosso perfil do FB, linkem para os vossos blogs, whatever... Apenas vos peço que mencionem sempre {ou que linkem para aqui} o crédito do projecto, que se deve única e exclusivamente ao Luís Félix. O maior cromo de todos!





























quarta-feira, janeiro 05, 2011

Sonoridades

Parece que os argentinos que militam actualmente no Glorioso puseram o balneário a ouvir a Cumbia {aqui e aqui}, isto a avaliar pelos que os espanhóis contam na última edição da Mística. Tudo bem, podia ser pior. Mas o que eu gramei mesmo foi a sonoridade que o Bruno Varela diz andar a curtir nestes dias que correm.







Promete, não? O actual número 1 dos juvenis do SLB, campeão nacional de Iniciados em 2008/2009, 16 aninhos, a tirar o 10.º ano em Línguas e Humanidades e a curtir rap crioulo de Santo António dos Cavaleiros... Ainda gostaria de ver este miúdo como indiscutível à frente da baliza do Glorioso.

... and even more musical wishes (live ones, I mean...) for 2011



Sweet Cobra
{pleeeeeeeeeeeeeaaaase....}





... and more musical wishes (live ones, I mean...) for 2011



Langenberg

More musical wishes (live ones, I mean...) for 2011



Florian Meindl





Musical wishes (live ones, I mean...) for 2011



Manuel Tur

A solo...


... ou acompanhado...


... a mim tanto me dá!