sábado, março 22, 2008

«O que é preciso são dois ou três salazares... um de cada cor, de preferência»

Ainda a propósito da professora de francês e do mais recente debate sobre o estado da educação nacional que este episódio despertou, e em particular em relação ao argumento tantas vezes ouvido (nesta e noutras situações) de «que no meu tempo é que era bom», «antes sim, havia respeito», «eu tinha respeito e admiração pelos meus professores», e por aí fora, só dá mesmo vontade de perguntar, assim à laia de provocaçãozinha — MAS ENTÃO SE NO VOSSO TEMPO ERA TUDO TÃO BOM, TUDO TÃO CERTINHO, E TUDO TÃO DEDICADO AO ESTUDO E À APRENDIZAGEM DA VIDA EM SOCIEDADE, E SE, COMO SABEMOS, SÃO VOCÊS QUE ESTÃO NO PODER, A LEGISLAR, A CRIAR EMPRESAS, A FAZER LIVROS, A CONTRATAR CHEFES ALEMÃES PARA GERIR AS VOSSA ESTRELAS MICHELIN, A COMANDAR HOSPITAIS E UNIVERSIDADES, A LEVAR O PAÍS PARA A FRENTE, ENTÃO PORQUE É QUE ISTO ESTÁ TÃO MAL? ISTO NÃO DEVIA ESTAR ESPECTACULAR?!?! SE ESTA ESCOLA ONDE ESTA PROFESSORA SE DEIXOU TOLAMENTE DESAFIAR FOI FEITA POR VÓS E É RESULTADO DA VOSSA GERAÇÃO ONDE FICA O «NO NOSSO TEMPO É QUE ERA BOM»? POIS... SE ISTO ESTÁ UMA MERDA A ALGUÉM SE DEVE...

Serve a provocaçãozinha apenas para demonstrar o quão ridículo e desnecessário é o argumento «no meu tempo é que era bom». O agora é que interessa, não o ontem, nem o amanhã, meus senhores. E, agora, constata-se, o que vocês sabem adiantar é que no vosso tempo é que era bom. Pois não chega. Ou fazem algo ou se calam.

1 comentário:

Humberto disse...

O que você ouve referente ao período salazarista aí em Portugal, nós aqui no Brasil aturamos em relação ao período 'verde-oliva'dos generais:"no tempo dos militares é que era bom!" A pessoa senta em cima de toda sua ignorância e abre a latrina e fala merda aos quatro ventos.
Um abraço.
Humberto
http://feitodeproposito.blogspot.com/