quinta-feira, maio 26, 2011

Portogal



Já uma vez aqui o disse e repito-o. Embora o SLB seja o clube com mais representantes em Portugal é o FCP quem melhor representa Portugal. É triste, mas é verdade. Mas é triste porque não abona nem a favor de Portugal, nem {já agora} do FCP. O FCP, tal como o país, é fraco, baixo, sem escrúpulos, não tem cultura democrática, lê e escreve mal, foge aos impostos, estaciona em cima das passadeiras, escarra para o chão sonoramente, sanciona as vozes dissonantes, incentiva {pela inoperância} a corrupção, premeia o cinismo, semeia a violência, prega sem praticar e, acima de tudo, vive numa ilusão. Desde que haja títulos {do Tesouro e do Campeonato} na calha tudo está bem, tudo se aceita, e lá se vai fechando o olho. Não se iludam, o Falcão pode ser {e é} um belíssimo jogador, mas Pinto da Costa não é outra coisa senão um Alberto João Jardim. Alberto João Jardim não dignifica o país tal como Pinto da Costa não dignifica o FCP. Hulk pode ser {e é} uma força da natureza, mas Reinaldo Teles não é outra coisa senão um Fernando Ruas. Fernando Ruas não dignifica o país tal como Reinaldo Teles não dignifica o FCP. E a lista {de um lado e doutro} provavelmente continuaria... Portugal continua a não querer ver isto, há um Portugal que teima em desaparecer; tal como a massa adepta do FCP continua a não querer ver isto, há uma cultura portista que teima em persistir. Há um país que parece não querer andar para a frente. O FCP nunca deixou de querer ser esse país. E ambos se afundam numa miséria indescritível. Este vídeo aqui acima faz-me lembrar o vídeo, dirigido aos finlandeses, que há uns tempos inundava os ecrãs {e as almas} lusos. São a mesmíssima coisa. O espelho de um país/clube pequeno e pobre {de espírito}, o retrato de um país/clube que apesar de grandes feitos continua a ser um pequeno, minúsculo mesmo, feitor.

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