Em Fevereiro de 2008 o editor-chefe da revista Vanity Fair desafiou Christopher Hitchens a submeter-se a uma sessão de waterboarding. O tipo aceitou passar pela experiência e escrever sobre a mesma. Em Maio, num ambiente altamente controlado e sob espécie alguma de violência adicional, Hitchens deitou-se na famigerada tábua inclinada, deixou-se amarrar e sujeitou-se à prática infame. Resistiu 12 segundos e, devido a uma espécie de embaraço..., sujeitou-se e resistiu ainda a uns adicionais 19 segundos. E concluiu, como não podia deixar de ser, e tomando o pensamento de Lincoln sobre a escravatura uns tempos atrás, que se o waterboarding não é tortura, então nada é tortura.
A filmagem da experiência aqui em baixo e o artigo subsequente aqui.
Mas o estranho mesmo, para mim, é que aqui no burgo {e falo exclusivamente da blogosfera} ninguém tenha dado atenção à coisa. Ninguém postou, ninguém criticou o mérito ou o disparate da coisa, ninguém esbracejou, ninguém gritou «eu não disse?», ninguém acautelou um «olhe que não, olhe que não» que fosse. Fui ao blogsearch da Google e pesquisei os termos "Hitchens + waterboarding" para blogs escritos em língua portuguesa, entre Janeiro e a data de hoje. Resultados aqui. Bom, apenas nove blogs e todos brasileiros. Bizarro, não?
Há 10 anos
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