Paul Newman
26 de Janeiro, 1925 – 26 de Setembro, 2008
26 de Janeiro, 1925 – 26 de Setembro, 2008
Ainda muito recentemente desanquei no homem, logo logo me redimi e agora presto-lhe a devida homenagem. Nunca foi um daqueles actores com lugar garantido no meu panteão pessoal mas sempre lhe admirei uma faceta que agora, olhando para ele, para o mosaico que a vida dele assenta, me salta à vista. Presumo que para mim Paul Newman só pode ser definido por uma palavra. Perigo. Perigo de dentro para fora. E de fora para dentro. Perigo tortuoso. Quase falta de confiança, o que não é o mesmo que desconfiança. Perigo ali no limite. Perigo característico desse outro forte elemento que é o Jogo. E quando um Perigo, assim nestes termos, define uma personagem, essa personagem garante poder, corpo, fascínio, brilho e uma dimensão para além do aceitável. Paul Newman reflectiu, viveu, deu tom, encarnou o Perigo. Mais do que uma, duas, três, vezes. Na vida e na película. Até ontem. RIP.
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