Há 10 anos
terça-feira, março 25, 2008
E ainda, e definitivamente, o fumo...
E se há uns meses atrás a discussão da, chamada, nova lei do tabaco se tivesse centrado no fumo e não nos fumadores? Não teria sido mais ajuizado? Toda a questão se centrou em duas posições, duas posturas, duas maneiras de estar, duas definições — fumadores e não-fumadores. Quando o ponto central da discussão devia ter sido o acto, a acção, o verbo – fumar. Nas portas dos estabelecimentos os autocolantes vermelhos dizem "não-fumadores" e os azuis dizem "fumadores"... Não há melhor maneira de modo a se criarem antagonismos e consequentes disparates (e ouviram-se muitos). Os autocolantes deviam simplesmente dizer "fuma-se" e "não se fuma", ou "com fumo" e "sem fumo"... (existe, aliás, há muito tempo uma sinalética própria neste sentido). Porque um restaurante onde não se fume também é um restaurante para fumadores, tal como um restaurante onde se fume também o é para um não fumador! Uma pequena alteração no centro da discussão e tudo teria sido diferente... imagino.
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