O que fazer, o que pensar, o que dizer a uma filha que, ao se deitar, nos diz que não consegue tirar da cabeça a ideia de que há pessoas que raptam crianças, fazem sexo com elas e as matam de seguida!
Isto é duro demais. Só me apetece gritar: "Obrigadinho TVI!". Mas sei que não é assim tão simples. É óbvio que os media não prestam um grande serviço no que toca a estes assuntos, mas eles estão aí, não são os media que os inventam. Apenas os gerem mal. E a informação vai passando, de canal em canal, de boca em boca, de miúdo em miúdo. [Pergunto-me se as pessoas farão ideia de como hoje em dia os recreios das escolas são verdadeiras centrais de informação.] E chega um momento (neste caso foi o momento de deitar) em que algumas respostas se impõem.
Bem, hoje foi suficiente deixá-la adormecer na minha cama, reforçar-lhe a ideia de que o Bem e o Mal são lados da mesma moeda e de que pode sempre pedir ajuda e protecção ao seu Anjo da Guarda. E amanhã?
Há 10 anos
3 comentários:
essas tais pessoas são doentes da cabeça, não é? uns têm asma, outros diabetes, outros varizes... não sei se aos oito anos é assim tão difícil de entender, não te lembras que a gente percebia muito mais aos oito anos do que às vezes achamos que eles entendem agora? de certeza que lhe explicaram muito bem, vocês dois.
Doentes da cabeça, talvez. Ou do coração, ou da alma. Curtocircuitados algures, sem dúvida.
Agora não concordo nada contigo quando dizes que os miúdos de hoje percebem menos a realidade do que nós quando tínhamos a idade deles. Bem pelo contrário, eu às vezes vejo os meus 10/12 anos nos 8 da minha filha...
expliquei-me mal, claro que eles hoje percebem mais, estamos a evoluir. nós é que às vezes nos esquecemos do que nós próprios percebíamos nessas idades.
Enviar um comentário