Uma vez mais a Deolinda fez das suas. Numa sala não tão bem composta como a do primeiro concerto no Maxime, nem com o som tão bem calibrado (de facto, estava mesmo manhoso e, sobretudo, baixinho baixinho), mesmo assim a Deolinda chegou, cantou e encantou. Num movimento de gradual empatia (não esqueçamos que a Deolinda deve muito ao espírito do MySpace...) por parte de quem já a viu e reviu, onde o boca-a-boca é de importância capital, desta vez deu-se mesmo um primeiro passo na direcção de uma eventual e possível fase, a da encenação deolindesca. Já não só por parte deles (performers natos) mas também por parte do seu público. Senão veja-se o momento em que tocaram o "Movimento Perpétuo Associativo", delicioso momento em que já não só temos o público de punho erguido, entoando o refrão do "hino", como o temos munido de... bandeirinhas!
Um pouco mais "presos" do que já os vi em outras ocasiões (soube depois que muito se podia estar a jogar naquela noite para a Deolinda; além de que a presença de certos "heróis" pode mexer connosco...), mas sempre mostrando a vivacidade e deixando o desejo de os voltar a ver/ouvir. Com um alinhamento estruturado de modo diferente do que tem sido habitual, no qual figurou mesmo um novo tema (do qual o mau som cerceou praticamente todas as palavras...), resultando num feliz alinhamento acrescento eu, vimos a "garçonete" tomar posição privilegiada e, sacrilégio dos sacrilégios, tomar o lugar do "Toninho" no encore. Caros amigos, permitam-me uma sugestão: o próximo encore apenas com "Toninho" e "Garçonete". Quem sabe não temos aqui um possível romance, um amor luso-brasileiro... a "gaija" do Toninho é que não ia gramar nada a cena (mas isso, olhem, dava outro tema bom... lol).
Finalmente, desta vez consegui levar comigo grandes amigos meus que há muito aliciava para esta experiência e todos eles se converteram. Em meu nome e em nome deles, dou, pois, os parabéns à Deolinda!
Há 10 anos
1 comentário:
Parabéns à Deolinda daqui do outro lado do Atlântico! Continuo a trautear as músicas mesmo sem ter um cd para escutar. Uma nota: quando mostro aos meus amigos brasileiros as músicas eles entendem tudo muito mal. Fico frustrada. Deve existir uma forma de tornar este nosso português mais universal. Voto nisso.
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