sábado, fevereiro 24, 2007

Deoliiiiiiinda, olhó Melro!

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Ontem, finalmente, consegui assistir, ao vivo, a uma das mais fantásticas cenas musicais deste país. Deolinda de seu nome. Já tinha referido aqui este projecto, já tinha ficado de olho aberto e ontem, no Cefalópode, pude confirmar aquilo que acabo de dizer.
A cena Deolinda é composta por Ana Bacalhau (na voz; e que voz!), por Zé Pedro Leitão (no contrabaixo) e por Pedro da Silva Martins e Luís José Martins (ambos nas guitarras clássicas). A cena Deolinda gosta de se definir como sendo a fusão do Fado com o Urânio Enriquecido. E bem enriquecido! À mente saltam-me ingredientes como, por exemplo, O'Neill, Zeca, A Caixa (do Oliveira), ginginhas bebidas com prazer, vinho marado bebido para ter alguma espécie de prazer, Romeu e Julieta, o Mercado da Ribeira, as Variações de Goldberg, chuva e sol no mesmo dia, Joana Vasconcelos, gaiolas nas beiradas das janelas, Vasco Santana, Pessoa, manjericos e sei lá que mais!
A todos vós que por aqui passam vos digo, podem vê-los e ouvi-los (e escangalhar-se de riso; ponto muito importante nos espectáculos da Deolinda) nos próximos dias: 17 de Março, no Incrível Almadense (Almada); 14 de Abril [a confirmar], no Cabaret Maxime (Lisboa); e 21 de Abril, na Associação Guilherme Cossoul (Lisboa).
A não perder! Nenhum deles. Destes tipos dá vontade de ser groupie...
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(Ilustração de João Fazenda)

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