segunda-feira, janeiro 29, 2007

Fotolia

O Fotolia veio-me parar às mãos no fim da semana passada e desde então já me inscrevi, já usei, já passei palavra e uso agora o Anauel para divulgar um pouco mais. Basicamente, trata-se de um banco de imagens que vive dos uploads oriundos dos utilizadores. Uma espécie de Youtube mas para fotografias. Fotógrafos profissionais, amadores ou apenas curiosos colocam lá as fotos e elas ficam disponíveis para compra (sem direitos e sujeitos a licenças bastante amplas e generosas). A quantidade de fotografias disponível é impressionante (só a pesquisa "Lisboa" gerou 1067 fotografias) e a qualidade geral é francamente aceitável (algumas são mesmo, mesmo boas). E o melhor fica para o fim: o Fotolia destaca-se pela simples razão de que o dinheiro é quase inexistente... ou seja, é muito, muito barato! Só temos de criar uma conta e proceder à compra de créditos (mínimo 10 e máximo 2000), via PayPal por exemplo, que depois se irão utilizando a bel-prazer para comprar fotografias. O algodão não engana. Quando falei disto a um amigo meu (responsável gráfico numa editora de Lisboa com quem trabalho) ele tinha acabado de pagar 200 euros por uma foto de uns pescadores, no Mali, com um pôr-do-sol vermelhão como fundo. Escrevemos "Mali espaço sunset" no campo de pesquisa e KAPOW!: lá estava uma foto de uns pescadores no Mali, com um pôr-do-sol ao fundo. Está bem, o pôr-do-sol não era vermelhão mas mais para o amarelado, os pescadores não estavam a remar mas a lançar uma rede, mas o preço final não eram 200 mas 3 euros! Sim, eu sei, nem tudo se resume a massas e o dinheiro não compra felicidade, mas o Fotolia ajuda...
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Se clicarem no logótipo aqui em baixo vão lá dar. Boa pesca...
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domingo, janeiro 28, 2007

!!! GLORIOSO !!!

E de repente voltamos todos novamente a acreditar. Perfeito. E tudo isto é possível sem jogar nada, sem aparecer em campo, sem defender, sem atacar, sem pressionar (se levarmos a sério os comentários dos notáveis da TVI; safa, já nem o Luís Sobral se aproveita...). Jóia da coroa: «O Belenenses joga e o Benfica marca». Tudo bem, já estamos habituados. Não fomos nós que fomos campeões porque os outros não jogaram nada? [como se não fosse essa a condição para se ser campeão] Sempre quero saber como se vão descalçar quando fizermos a festa lá para Maio. Sim, porque este ano não há lugar para desculpas esfarrapadas (não têm estado desde o primeiro dia do campeonato a dizer que o FCP está excelente e que este ano tem mais equipa?).
Para finalizar, e visto que os comentadores só tinham elogios para Luisão, deixo um elogio aos notáveis passes de Rui Costa, ao regresso de Anderson à defesa, aos gregos e a Simão. Do outro lado, aqui fica uma nota (positiva, naturalmente) para o Rodrigo Alvim. Dá gozo ver jogar assim. Quanto a Jorge Jesus e às suas tiradas acerca do Fair Play (de que este, supostamente, é uma treta), bem, eu até concordo com ele. Assim como está não funciona. Tem de ser forçosamente regulamentado e têm de passar a ser o árbitos a aplicá-lo. Agora o que Jorge Jesus tem de perceber é que enquanto não for assim tem de ser como tem sido até ao momento. Não dá para ir inventando à medida que se vai jogando. Aquilo ontem, por vezes, até dava para rir. Não basta mandar umas bocas (que os jogadores depois intepretam como entendem, ou são capazes), tem de se educá-los. É também para isso que servem os treinadores.

sábado, janeiro 27, 2007

O Zé Carlos é o maior!

Ontem à noite o Zé Carlos corria, corria, corria... Quanto mais corria menos lá chegava. Então pôs-se a beber desalmadamente. E quanto mais bebia, menos falava. Talvez por isso bebesse... A fala fica para outra altura.
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Sim, este post é totalmente codificado. Só alguns (poucos) lá chegarão. Aos demais, pela desonestidade, peço desde já desculpa.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

O derradeiro canto da sereia...

O meu amigo Serafim resolveu abrilhantar um pouco o meu dia com estas belas imagens. Resolvo, pois, partilhar e abrilhantar o dia de quem por aqui passar. «Ladies and gentlemen Elvis has left the building...». Priceless!


quinta-feira, janeiro 25, 2007

Arrrrrrgggghhghhh....

O Derlei?... Mas os senhores estão doidos!? Querem estragar-me o dia?! (bem, não vão conseguir...)

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Terra, Amor, Feno e Cenouras (imagens)

Como prometido é devido aqui ficam algumas fotografias da Quinta da Pateira. Umas mais antigas, outras mais recentes, todas genuínas.










«Pai é quem ama, não quem faz.»

Quantas vezes já ouvimos esta expressão, esta ideia, nos dias mais recentes? Muitas. Pois. Só me pergunto quantas vezes a vamos ouvir quando, a seu tempo, for a referendo (ou a votação na Assembleia da República) a questão da adopção de crianças por casais do mesmo sexo. Vamos a apostas?

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Pequenos Portugueses (cont.)

Antes do mais, o meu amigo Zé não tem de ter defesa (ver meu post anterior e respectivo comentário) pois não está a ser atacado. E um pequeno aviso à navegação (caso ainda se torne necessário): eu não hesito entre o SIM e o NÃO (que fique claro), eu hesito entre o votar e o não votar (na realidade, no fundo no fundo, a minha "cena" é com o referendo em si, o referendo como conceito, como instrumento na mão da malta).
Agora que a comparação é aceitável, é. Conduzir acima dos 120 é violar uma lei que existe e quem o faz sabe-o e corre o risco de ser punido. Abortar nos termos actuais é violar uma lei que existe e quem o faz sabe-o e corre o risco de ser punido. A diferença reside na fiscalização/aplicação da lei. No primeiro caso as autoridades fiscalizam mal e porcamente (mas lá vão fiscalizando) e no segundo caso as autoridades fazem vista grossa. Daqui só podemos concluir que quem está mal é o fiscalizador, não a lei. O que era suposto acontecer era os juízes e autoridades competentes terem a corajem (Qual coragem? Dever, mais nada!) para exercer a autoridade e competências que lhes foram entregues e lhes são exigidas. Só então poderíamos saber se a lei era ou não má (claro que seria) e só então a poderíamos combater. Aí sim, iríamos ter um verdadeiro caso de saúde pública. Até te digo mais, caso isto acontecesse o SIM ganhava de caras. A melhor maneira de mudar a lei, seria aplicá-la primeiro...
E para que não me comecem já a acusar de radical/lunático/whatever, aqui vai mais uma. Outra questão que me incomoda deveras na pergunta (e já repararam como é difícil encontrar a transcrição da pergunta na internet/blogosfera?...) a referendo é o facto de mencionar «desde que realizado num estabelecimento de saúde legalmente autorizado». Então e se não for? Se a lei mudar, quem praticar um aborto clandestino já vai passar a ser preso ou os juízes vão fechar os olhos novamente? É porque se tencionam prender quem o fizer clandestinamente (usando o argumento de que agora já seria possível fazê-lo legalmente) acho mal. Pode ser opção de cada um praticar um aborto numa clínica não legalizada (por afinidades, por ignorância, por mania...). Ou é despenalizado para todos ou não é. Ou é uma questão de princípio ou não é. Se calhar, não é.
E qual é a cena com as 10 semanas? É um compromisso? Ou se faz o aborto sempre que se quiser, até ser clinicamente possível (sem que daí venha mal à mulher), ou não se faz. Andar a pedinchar migalhas fica mal ao SIM. A meu ver, a pergunta só podia ser: «Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez desde que por opção da mulher?». E mais nada.
Na Holanda, bem, na Holanda acho que não é às 10 mas às 13 semanas e parece que têm a mais baixa taxa de abortos realizados da UE. Mas, estou em crer, que se deve mais ao facto de serem holandeses e não à lei...

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Pequenos Portugueses

O meu amigo Rui diz-me que SIM, nem que seja para aumentar a oferta de clínicas e, logo, baixarem os preços. O meu amigo Zé diz-me que SIM, pois se a lei (a actual) não é para se aplicar então é porque não é boa e então que se mude. A minha mãe diz-me que se acreditarmos que é pior crime criticar o assassino que cometer o assassínio (e estou a falar de assassino mesmo, um tipo que dispara noutro; não estou a comparar o aborto a um assassínio...), então presume-se que SIM. Além de que uma vida pode vir a este planeta para ser abortada... A minha querida Susana diz-me que SIM, pois se todos os argumentos falharem sempre resta este: «Porra, como nós só a Irlanda e a Polónia! É aí que queremos estar?».
Ao meu amigo Rui digo que me incomoda a redução do debate a uma "questão de dinheiros". O SIM só fala de dinheiro, de quanto vai o Estado poupar ao não ter mais de corrigir os erros do aborto clandestino, de como seria se o SIM tivesse as massas do NÃO, de como são suspeitas as massas do NÃO... O NÃO, de resto, ao agitar de modo tão despudorado, hipócrita e católico-mesquinho, o valor da vida mais não faz do que acentuar o termo Valor e denegrir o termo Vida. Logo, esta questão dos "dinheiros" só me pode afastar (como já o fez em tempos) da mesa de voto.
Ao meu amigo Zé respondo que então que se mude o limite máximo de velocidade nas autoestradas para 180, visto que a actual lei não é cumprida, logo não é boa (e toda a gente o acha), logo não presta. Em termos de saúde pública parece-me bem mais séria esta questão. Mata muito mais (no sentido em que mata quem já cá está e não quem poderá vir aí), destrói muito mais as famílias (na maior parte das vezes o aborto é resolvido entre o casal, neste caso afecta mesmo toda a gente) e saca muito mais massas ao erário público (polícia, ambulâncias, hospitais, seguradoras, funerárias, próteses e afins; é tudo a gastar). Não me lembro de ver ninguém preocupado com esta questão...
À minha mãe só posso responder que sim, que aceito pacificamente que uma vida possa ter como destino abortar à última da hora (ou à primeira da hora... se preferirem). Mas esse argumento uma vez mais me afasta da mesa de voto. Pois, tal como continuo a achar que esta matéria nem a referendo devia ir, agora fico a achar que mal ou bem tudo está mal e bem. O NÃO acha que tudo está bem e nós sabemos que assim não é. O SIM acha que tudo vai ficar bem e acho que também sabemos que assim não será. Tenho dificuldade em perceber o que querem de mim. Ou se eu quero que queiram algo de mim.
Para a minha querida Susana não tenho resposta. Matreira como é, sabe qual a bandeira que deve agitar. Pois, como os polacos é que eu não quero ser! "Deus" me livre! Se calhar o SIM ainda vai ficar a dever o meu voto à Susana...

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Grandes Portugueses

O grande vencedor
Mário Soares. Conseguiu ser o mais votado dos vivos.
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O grande derrotado
Amália Rodrigues. Não chegar ao Top 10 é miserável.
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A grande surpresa
Eusébio. E não é que eu pensava que o grande «Pantera Negra» era moçambicano?...
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O grande mistério
Álvaro Cunhal. Como é possível este homem chegar ao Top 10?!
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A grande esperança
Fernando Pessoa. Se ele ganha passo a gostar disto... passamos todos a ser, de facto, grandes portugueses.

domingo, janeiro 14, 2007

Pés para trás, barriga para a frente, ombros para trás; Pés para trás, barriga para a frente, ombros para trás; Pés para trás, barriga para a...

Continua o volteio, mas hoje com sela e estribos! Ainda sem rédeas, agarro-me à crina. Passo e trote, nada de galope. Obrigado Zé Ricardo. Obrigado Nanjing. Até quarta...

quinta-feira, janeiro 11, 2007

James Brown Tribute

Nunca fui grande admirador de James Brown, embora reconheça a grandeza e a importância da sua passagem por este planeta. Para não falar da sua eterna presença em muito do que ouvi, oiço e ouvirei. A sua morte passou, pois, um tanto ou quanto distante por mim. Até hoje de manhã. Ao chegar ao atelier e ao preparar-me para uma longa e repetitiva tarefa (já experimentaram fazer um índice remissivo?) fui, como sempre nestas situações, buscar um audio stream ao Beta Lounge de modo a "aguentar" a tarefa. Mal entrei, deparei-me com a sessão de Florian Keller (A Tribute to James Brown). E porque não?, pensei. Ao longo de 4 horas, 49 minutos e 49 segundos prestei a minha homenagem a James Brown e aconselho a todos os que por aqui passarem a fazer o mesmo. Notável o trabalho de Florian Keller (que entretanto me levou ao seu myspace e à Samurai FM)! Obrigado James Brown!

quarta-feira, janeiro 10, 2007

The Paradox of Choice OU Why More is Less OU Porque raio achamos nós que temos de ter/manipular/ver/tocar tudo o que imaginamos ser imaginável...

Barry Schwartz (site aqui). Nome desconhecido para mim até há uns minutos atrás. Nome a ter em conta daqui para a frente. Obrigado (uma vez mais) ao Jorge Camões (blog aqui) por me ter apresentado mais uma pérola.
Quanto a esta notável palestra (Oxford, Julho de 2005, no âmbito das TEDTALKS) onde nos é explicado que a profusão de escolhas tão característica do mundo actual está, de facto, a tornar-nos mais miseráveis e não mais livres, bem é só seguir o link.
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Everybody needs a fishbowl!

domingo, janeiro 07, 2007

Há coisas assim...

Perdoem-me, mas não resisto. Bem sei que uma das regras a que me obriguei desde a fundação deste blog é a de não dividir, não distinguir, não escarnecer. Basicamente, contrariar e anular todo o meu potencial criticismo. Deixá-lo de fora nestas (as do futebol, entenda-se) andanças. Longe de mim exultar com as derrotas alheias (se repararem bem, para trás só tenho posts versando o Glorioso; só isso me interessa, tudo isso me chega). Mas, hoje, a derrota do FCP ante o Atlético não pode deixar de suscitar um ou outro comentário. Como este: ficam, pois, hoje a saber que o último minuto de um jogo tanto pode dar para ganhar como para perder. Ou este: Maria José Morgado abra a pestana e faça o seu TPC, é só olhar, está à vista, este [árbitro] só pode ser mais um dos "tais". Ou este (e estou a basear-me nos poucos comentários que ouvi sobre o jogo, pois não o vi): a humildade e o respeito pelos outros (por mais pequenos que sejam) só fica bem, nunca mancha.

Voltei(o)!

Hoje iniciei a minha mais recente aventura. Hoje tive a minha primeira lição de volteio. Senti de novo (após um intervalo de mais de 25 anos...) o prazer de galopar. Bom. Intenso. Obrigado professor Chico. Obrigado Quixote.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

PARDAIS




Se há coisa que 2007 já fez por mim foi tornar visível aquilo que, agora sei, sempre esteve presente mas não entendido. Falo do meu amor pelos pardais. Da profunda comoção que me assola sempre que vejo um pardal. Isto pode parecer um pouco tacky ou mesmo corny, eu sei, mas a realidade é que sempre que um pardal se atravessa no meu caminho o caminho já não é o mesmo. O som (o pardal está do outro lado da janela mas o assobio parece vir de dentro...; de quem?), o bater das asas, o saltitar (num nervoso que, se pararmos e atentarmos bem na situação, de nervoso tem pouco), a energia silenciosa e constante que emanam (fruto de uma espécie de sabedoria milenar que, sabe-se lá porquê, parecem deter), tudo isto combinado, ou não, sempre que surge traz consigo uma paz imensa que estou certo já experimentaram. A mim comove-me, emociona-me, excita-me.
Há uns dias atrás, então, foi notável. Alfragide, bem lá no cimo (junto ao moinho). Um frio de rachar lá fora, e eu e a Susana dentro do carro a fazer tempo. Um daqueles dias de Inverno em que o céu matinal está azul, azul, azul, o frio é mais que muito mas os raios de sol quase nos fazem lembrar da praia. Onde há sol está-se bem, onde não há gela-se. O sol batia de frente em nós, várias vezes magnificado pelo enorme vidro dianteiro do carro. No leitor de CDs Pajo cantava (pela enésima vez... num loop consentido) "Let It Be Me"... e o pardal pousou bem no cimo da cerca em frente a nós. A Unidade sentiu-se naquele momento. O Sol brilhou e aqueceu mais, o verde em volta respirou melhor, o som entrava e saía pelos poros sem restrições, o azul era dourado e eu sei que foi aquele pardal. Quando um pardal poisa, passa a existir um momento "antes de pardal" e um momento "depois de pardal"... O momento seguinte foi eu perceber isto que escrevo agora, aqui.
Vejo agora também a ligação entre o facto de ultimamente não parar de ouvir os Red Sparowes (ver post recente) e esta novidade de 2007. Esses "pardais" são de outra categoria mas poderiam encaixar na descrição... Aqui fica o "Let It Be Me" do Pajo para quem quiser reproduzir a experiência. É só esperar um dia invernal de sol, agarrar o leitor de mp3 e ir estacionar o carro em Alfragide, junto ao moinho... e esperar por ele.
Bom 2007!


A ilustração que aqui reproduzo é de uma senhora chamada Hellen Ward que escreveu e ilustrou um brilhante livro infantil chamado A Rainha das Aves (editado entre nós pela Caminho).

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Feliz 2007...

... Humanidade!