sexta-feira, março 25, 2011

O Negro e o Branco

Ontem à tarde dei-me conta de que Campo de Ourique foi invadida por cartazes negros. Colados em caixas de electricidade, ao nível da cintura para baixo, desfilamos perante uma série — incompleta? apanhei estes, não sei se há mais — de mensagens, de rasgos, de gritos de revolta, de pensamentos e desabafos. Eu gosto de Campo de Ourique e ontem fiquei a gostar um pouco mais. Não gosto particularmente dos cartazes, mas eu não tenho de gostar de tudo o que é bom. E isto é bom. Parece-me.













Hoje de manhã dei-me conta {thanks Gonçalo} destes senhores {maismenos}. Também eles se mascaram de preto. Também eles procuram o branco onde o pensamento possa surgir, nesse breve momento. As letras destes tipos são negras, e não brancas como as do loner de Campo de Ourique, mas mais parecem brancas dado o negro negro negro da realidade circundante onde são apostas. Estes são mais consistentes. Procuram mais além. E, acima de tudo, não tratam mal a língua portuguesa... Bem pelo contrário.

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