sexta-feira, maio 14, 2010

Cromagnon



Já só me faltam menos de 200, logo já entrei na fase da lista. A listinha com as faltas, onde cuidadosamente se vai dando baixa do que se vai conquistando. Já troquei cromos na esquina em frente d'A Brasileira, já troquei cromos no Parque Eduardo VII {de dia...}, já voltei a trocar cromos com os putos do Jardim da Parada e estou a sair para ir ao CC Colombo para um mega encontro {seja lá o que isso for} de trocas de cromos. Estou lixado. Apanhado. Já não penso comprar muito mais carteiras {isto se conseguir resistir aos impulso...}, estou numa de apostar nas trocas. E começo a pensar noutras coisas paralelas...

Não era do caraças fazer um levantamento dos tipos de listas que cada um vai fazendo? Já vi cada uma. Cada cromo faz a sua lista. Umas lêem-se na horizontal, outras na vertical. Umas em Excel, outras em Word. Uns até fazem a lista dos que faltam e a lista dos repetidos. Há tipos que até identificam os cromos que têm repetidos em duplicado, e em triplicado. Utilizam-se cores diferentes para cada centena {esta eu vi, gostei e é a que utilizo} de modo a facilitar a consulta. Uns colocam os filetes nas tabelas {ó ruído, o horror...}, outros não. É um mundo, este das listas dos que faltam...

E literatura? Será que há literatura sobre os processos da Panini? É fascinante quando um tipo se põe a imaginar como é que todos este circo se monta. Só o processo de pré-impressão, impressão e pós-impressão dos cromos em si mesmos é certamente interessantíssimo. Adoraria ver aquelas máquinas a bulir... Mas o que dizer do processo de distribuição dos cromos pelas carteirinhas e depois das carteirinhas pelos quiosques, a sua introdução no mercado? Deve ser lindo. E aposto que deve haver matemáticos, estatísticos, politólogos e outros tantos loucos por detrás desse processo. Como se controla a criação de cromos repetidos no mercado {no fundo, os custos, ou seja, o ganha-pão da Panini...}, como se determina quais os futebolistas que ficam para o fim {aqueles que nunca ninguém tem} e como se atinge esse propósito? Deve haver literatura sobre isto. Vou averiguar...

E os hábitos e rituais de compra? Uns compram as caixas inteiras, toma-lá-60-euros-passa-para-cá-100-carteiras {estes tipos deviam ser banidos!}, uns nunca compram no mesmo dia mais do que uma vez, outros nunca compram no mesmo sítio. Já vi tipos que compram em quiosques de Londres {o trabalho lava-os lá com frequência...}, outros pedem a amigos para comprar carradas deles no Rio de Janeiro {são mais baratos; além de terem outro tipo de saída e de distribuição; lá está...}. Vou ali comprar mais uma e já venho...

4 comentários:

aquelabruxa disse...

tu és passado...

anauel disse...

Passado, eu?

Eu, cá, sou é presente!!!

Anónimo disse...

Para nós só faltam 100 redondinhos
zé e paulinha

anauel disse...

A mim ainda me faltam 171...

Se calhar devíamos fazer uma listinha um para o outro e, quem sabe, trocar via correio. Que acham?