domingo, abril 25, 2010

Cromos

Quem me conhece sabe que eu sou muito crítico, bastante, demais, em relação a Portugal. E que não perco uma oportunidade para malhar, diminuir e arruinar este país, os portugueses, a loserfonia, a mediocridade nacional. Sempre que posso. Isto não vale grande coisa, e não vale a pena escondê-lo. É {muito provavelmente} verdade que se é mais feliz não acreditando nisso, encolhendo os ombros e vivendo de acordo com os hábitos do resto da maralha. Mas... nem sempre é fácil, ou possível, ou exequível. Mas quem me conhece também sabe que quando há que reconhecer valor também o faço, e com prazer, e com vigor, e muito exagero, God knows how I love superlatives! E ontem, uma vez mais, me apercebi que há coisas que este país faz, produz, cria e alimenta como nenhum outro. O mitra, o mangas, o burlão, o city dweller, o cromo, o agarrado, o bêbado. E o que dizer desta capacidade lusitana de mesclar humor com sordidez? Poucos países constroem estes personagens como Portugal. Atenção que não estou a ser cínico. Não estou. Isto é, de facto, um elogio. Reconheçamos, pois, o que de bom fazemos. Gratidão.

Isto a propósito do excelente documentário que apanhei ontem à noite na RTP2, de seu nome Esta Rua É Minha, de Gonçalo Mégre. Muito agradável surpresa.



PS - Ah, parece que o Márinho tem um blog...

1 comentário:

aquelabruxa disse...

portugal é um país de maníaco-depressivos, não é?