Há 10 anos
domingo, setembro 13, 2009
American Hardcore {#08}
A fisicalidade da dança e a violência inerente ao movimento {ambas referidas nas entradas anteriores} levam-nos inevitavelmente à sexualidade, aos gajos e às gajas. O Hardcore foi provavelmente o único movimento musical isento de sexualidade, o que é, só por si, dizer muito. Aquele era um mundo quase exclusivamente masculino, isso é certo. Mas a grande questão é saber se todos aqueles encontrões, todo aquele suor, todos aqueles troncos nus, toda aquela comunhão, reflectiam {ou não} uma homossexualidade mais ou menos escondida, ou se toda aquela encenação não passava de uma actividade física pura e dura à semelhança de qualquer jogo de rugby, por exemplo. É que as gajas, nas palavras de Steven Blush, «rejected femininity. Their ideal was the tomboy – in contrast to the big-haired bitches you'd find sucking dick backstage at Metal concerts. The truth is, few gorgeous women participated in Hardcore – many of them were nasty, ugly trolls». E os gajos, nas palavras de Meredith Osborne {uma gaja da altura}, quando adolescentes, «are scared of women. In the Punk days, you could fuck whomever and it didn't matter, but in Hardcore that madonna/whore complex was much stronger. Hardcore guys would vilify girls they fucked».
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