Bom, mas para não deixar o princípio do post anterior assim sem conclusão, sim, também eu concordo com que pessoas do mesmo sexo possam casar civilmente {e civilizadamente} neste país ou em qualquer outro. Mas, sim, também {?} eu acho que tal passo abre, como não pode deixar de abrir {e ontem já se falou nisso}, caminho ao casamento entre familiares ou à poligamia, ou ainda a quaisquer outras formas ainda mais "estranhas" e "bizarras" de duas {ou mais} pessoas se amarem que se possam imaginar. Assim é e assim deve ser. Desde que as premissas ontem apontadas como fundamentais sejam observadas {ser-se maior de idade e estar-se de livre vontade nessa relação} nada obsta à realização de qualquer forma de relação amorosa. Seja ela qual for e presumindo-se que realização aqui signifique casamento. Pena é que os defensores do sim de ontem não o tenham mencionado. Percebe-se que não o tenham feito {a luta é dura e renhida}. Mas é pena. Pois trazia mais verdade à discussão {o que é sempre bom} e talvez lhes desse um pouco mais da perspectiva da posição de quem se opõe. Isto porque a repulsa que muitos defensores do casamento entre pessoas do mesmo sexo possam sentir {e muitos a sentirão certamente} pelo casamento de um irmão com uma irmã {por exemplo} é basicamente a mesma que as pessoas que protestavam ontem à noite sentem pelo casamento entre pessoas do mesmo sexo. Pois. Talvez então D.O. perceba o que os faz correr...
PS - Mas gostei muito, como não poderia deixar de ser, de ouvir MVA. Começou muito bem, com um discreto mea culpa, e acabou magnífico, sem hesitações, claro como a água – ou é a igualdade ou não é nada! Nem mais.
Há 10 anos
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