Digam lá o que disserem, e muito têm dito, uma coisa é certa – estivesse Hitchcock vivo {ou tivesse ele nascido mais tarde} e era algo de muito parecido com isto {para não dizer precisamente isto} que ele teria filmado. Este fotograma acima poderia muito bem ser retirado de um filme dele. Não há muitos {não me lembro de mais nenhum...} realizadores que possam ser considerados como a personificação {reencarnação?} de Alfred Hitchcock. Shyamalan pode. Só isto bastaria.
A grande questão é – tendo tanto de bom, tendo tanto de absolutamente intenso e perturbador, tendo tanto de tão incrivelmente bem filmado, tendo tanto de som, imagem e respiração tão bem misturados, tendo tanto de grandes momentos, grandes imagens, grandes stills {a jeffwallização no seu melhor!} , porque, então, não é o The Happening {2008} um grande filme? Tipo, um grande filme mesmo. Atrevo-me a pensar que pela simples razão de Shyamalan não ter tido a coragem {que, de resto, também Hitchcock alguma vez teria...} de matar toda a gente no final. Aquele filme pedia o desastre total, a ausência de tréguas. Houve ali certamente muito compromise. É pena. Perdeu-se um grande filme.
Há 10 anos
1 comentário:
também gostei, até vi duas vezes seguidas, conseguiu impressionar-me. eu gosto do fim, ficou em aberto, ou não? o acontecimento surgiu em paris, sabe-se lá no que é que isso deu...
agora porque é que não é um grande filme também não sei.
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