Há 10 anos
sábado, setembro 13, 2008
Oxalá me engane...
Eu gostava, a sério que gostava, de embarcar nesta barcaça da esperança que é a candidatura, e eventual eleição, de Obama como próximo Presidente dos EUA. Mas não consigo. E porquê? Bom, porque, e não esqueçamos o essencial, ele vai {porque vai, não vai?} ser eleito Presidente dos EUA. O pessoal fala dele, e da esperança que ele vende, como sendo alguém de bem, alguém em quem possamos confiar, alguém de quem possamos esperar coisas boas e reveladoras. Esperar isto tudo, e mais alguma coisinha, do Presidente dos EUA?! O pessoal endoideceu? O lugar é sinistro por natureza. E só lá cabe alguém sinistro, dúbio e encarneirado. Mas como o pessoal está tão desenfreadamente assustado, cansado, desesperado e revoltado {ao ponto de para alguns até o Pato Donald ser voto viável...} o pessoal vai-se estampar. Ai vai, vai. Ou pensam que o tipo vai iluminar a Pennsylvania Avenue todinha até ao Capitólio? E depois do Hill o mundo! Deve ser, deve. Cheira-me que o pessoal à custa de tanto desespero vai é encher-se de mais um totó. Por vezes, chego mesmo a pensar se seria possível colocar desesperos à parte e, numa de racional, tentar perceber se McCain seria ou não {e eu acho que acho que não...} uma opção mais viável e lúcida. E se ele fosse? Já repararam o erro que tudo isto pode ser? O facto é que eu olho para os dois e aquele que mais me enerva é Obama. Aquele que mais me parece produto do mais puro branding é Obama. Aquele que mais cheira a corporation friendly é Obama. Aquele que menos parece surpreender é Obama. E isso não é bom, pois não? Mas sabem o que é mesmo mau? É que, pudesse eu, provavelmente votaria no tipo...
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