terça-feira, abril 22, 2008

SHOSH34

Este episódio com a menina limão fez-me lembrar um outro com que me deparei há uns tempos atrás, desta feita no Youtube. Após procura, descobri por lá um filminho sobre o atentado de Georg Elser sobre a vida de Adolf Hitler (um dos que mais perto esteve de ter sucesso!) no perfil de um tal Shoshana. Pelo perfil dava para perceber que o tipo era judeu (presumo que norte-americano) e que o objectivo da sua preseça no Youtube era contribuir para a preservação da memória do Holocausto. Os filmes que ele lá tinha estavam todos relacionados com o Holocausto e com as várias formas de resistência ao Nazismo. Bom, o que eu queria mesmo, na altura, era colocar o tal filminho do Elser no meu blog Es Lebe Unser Geheimes Deutschland, precisamente na entrada de Georg Elser. Mas o embbeding do filme estava inactivo. Logo, escrevi ao tipo a pedir-lhe autorização. Mas nunca obtive resposta e algo começava a cheirar a esturro... até que um dia a resposta veio através do perfil de Shoshana no qual estava reproduzido o texto de uma carta recebida pelo Youtube (e que o tipo recebeu também) a pedir que o proibissem de continuar com aquele perfil. De quem era a carta e qual o porquê da mesma? De um tal de Steven Spielberg, através da sua Fundação para a Memória do Holocausto (ou algo parecido), e porque ele acha que ele e só ele o deve fazer. Shoshana mudou entretanto o perfil para Shosh34, já sem os filmes sobre o Holocausto, e eu fui buscar o filme (porque estava noutros sítios também) sabem onde? Ao perfil de um neonazi alemão! Pois*.

Esta história ocorrida agora com a menina limão (ver post anterior) lembrou-me este episódio. E de como estas plataformas sem as quais já não sabemos viver (youtubes, myspaces, skypes, bloggers, flickrs, etc., etc.) ainda têm muito para andar e aprender. A mim parece-me óbvio, e até desejável, que haja um escrutínio e uma censura em concordância em relação aos conteúdos que por aí pululam. E longe de mim criticar, não o faço, quem denunciou a menina limão. Trata-se do mesmo direito a preservar, o da limonada verter e o de qualquer um achar que ela é amarga demais. Mas estas plataformas têm de saber filtrar e reagir melhor e mais em cima do acontecimento, digo eu. Eu já contactei a menina limão, já me coloquei à sua disposição, e estou verdadeiramente interessado em perceber qual vai ser o procedimento para desbloquear a sua situação. Aguardemos, pois.


* Entretanto, diga-se, voltei ao Youtube e já não há shoshana, nem shosh, nem nada, nem mesmo o tal neonazi (ao menos isso...). Mas não deixa de ser um episódio sórdido.

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