terça-feira, janeiro 01, 2008

Olímpio Ferreira, 1967-2007

Bom, é isto mesmo a vida... Ou seja, os anos passam (ainda ontem era 2007!), os minutos correm, a seiva escorre, os gatos miam, os bifes de seitan estorricam, sempre mas sempre, mas sempre, mas sempre, tudo, tudo, sempre tudo parido na mesma verdade inadiável, assombrosa, amorosa verdade, aquela que nos diz que a seguir a um instante vem outro, que a seguir a um suspiro vem uma dúvida, que após um dia bem vivido vem uma incógnita, que após uma vida vem outra... Até já Olímpio. Já não por essas vielas lisboetas, já não no rescaldo de algum preto e branco na Cinemateca, já não no fresco do Jardim da Parada, mas algures nessa certeza de que sempre, sempre, sempre algo sucede a um outro algo sucedido... A partir de hoje será noutra ficha técnica que te procurarei. Até sempre.




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3 comentários:

Anónimo disse...

Cruzei-me duas ou três vezes com o Olímpio e percebi tratar-se de alguém especial, de olhar atento, tímido, de alguém que preferia estar calado (nunca conversei com ele).
O desaparecimento brutal de alguém causa-nos sempre um grande choque - nunca entenderemos este lado tão cruel da vida.

Anónimo disse...

Ainda estou em choque. Não via o Olimpio há algum tempo. Mas passei com ele uma noite entre muitas de rádio, em coimbra na universidade, que nunca mais esqueci. Foram horas extraordinárias. Uma música do sergio godinho trauteada entre copos de maio à porta de um chá que era um baile. Hoje sonhei que morria e morreste tu. Disse-me a internet.

CELTA MORGANA disse...

Convivi de muito perto com o Olimpio nos anos 80, quando eramos colegas na Escola Secundária de Águeda. Fomos estudar para Coimbra no mesmo ano, mas o destino fez com que os nossos encontros fossem menos regulares. Às vezes batíamos umas conversas no Bar da AAC, com uns cruzamentos pelos corredores da Rádio Universidade. Olhávamos com nostalgia os momentos passados aos microfones da Rádio Botaréu, na companhia do Pedro Lemos. Encontrei o Olimpio, talvez em 1999 (ou 2000)em Aveiro a saír de uma Livraria. Por desconhecmento, da nossa malta de Águeda, ninguém esteve presente no seu funeral. Fica a saudade e prometida tertúlia em memória do Olimpio.

PARDAL mourisca@net.vodafone.pt