quarta-feira, novembro 21, 2007

Trigo e joio (e fé em Deus)

Deste último jogo de apuramento apenas me apetece dizer isto. Vendo as imagens televisivas durante o tocar do hino de Portugal, apercebo-me nitidamente de quem são os dois verdadeiramente bons jogadores desta selecção. Falo de Quaresma e de Simão (que hoje não jogou). Porquê? Porque eram os únicos que não cantavam (leia-se, encenavam) o hino. Não cantavam fora de tempo, não desafinavam, não pensavam nas câmaras da RTP1 (a prestação de Cristiano Ronaldo, essa então, foi patética; aquele chorar para dentro de emoção só pode dar vómitos...). Estes dois, por seu lado, em silêncio, respiravam e encaravam o jogo que aí vinha. No fim desse jogo ficariam a saber se iriam jogar, ou não, à Suiça e à Áustria para o ano que vem. Isso sim é importante. Não o hino, não o agitar de bandeirinhas e o estender dos mais absurdos acolchoados nas janelas por esse território fora. É por Portugal ter jogadores (e seleccionador, sobretudo) que não percebem isto que nunca ganhará nada que se aproveite. Mas, bem, vá lá, apuraram-se e desejo-lhes a maior sorte. Ou a segunda melhor sorte. Não, porra, a terceira melhor sorte, que eu não quero um Holanda-Portugal na final... Cruzes canhoto!

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