«Há 30 anos, quando os meus filhos entraram para o ciclo
preparatório (actuais 5.º e 6.º anos), numa escola pública
(a Manuel da Maia), ao lado da Casal Ventoso, quase todos
os alunos pertenciam à burguesia. O ambiente que ali se
respirava reflectia a cultura que as crianças traziam de
casa: mesmo quando não livresco, o ethos era hierárquico.»
Maria Filomena Mónica (Público, 01-10-2007)
Das duas uma, ou não foi há 30 anos (mas também não imagino quando terá sido), ou as drogas do Casal Ventoso na altura eram bem melhores do que as de hoje, para MFM não ter percebido a dimensão do buraco onde os seus filhos caíram. Eu conheço muito boa gente que ao ler isto só se pode rir...
Há 10 anos
1 comentário:
Lembre-se ainda, num plano sociológico, que o "mundo burguês" é só parte do mundo e não o mundo; que tanto como os alunos os profs também consomem novelas; que a escola não é o que devia ser porque é uma instituição/projecto falhado (não por causa da mudança de estilos de vida ou da bendita universalização apenas, por "culpa" de alunos ou professores); e num plano mais filosófico, que a disciplina e a autoridade são possíveis sem autoritarismo (ou que talvez a pedagogia tenha andado à frente desses outros sistemas de regras que têm de ser revistos num sentido muito mais ousado e menos conservador do que são...), etc, etc.
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