Regresso ao Rio de Janeiro sob chuva intensa ao longo de toda a viagem. Cansado e com fome, nada melhor para recuperar as minhas forças do que uma refeição no Bar Luiz. Local de eleição (local de peregrinação!) onde gosto de voltar.
Fundado em 1887 pelo suíço Jacob Wendling, abriu as portas com o nome Zum Schlauch na Rua da Assembleia. Posteriormente passou para as mãos do carismático Adolf Rumjanek, personagem que popularizou o consumo do chope na cidade através dos braços-de-ferro que disputava com os clientes que pediam outra bebida que não cerveja... Adolf Rumjanek morre mas o Bar Adolf perdura, agora sob a direcção de Luiz Vöit (e já na Rua da Carioca, onde ainda hoje se mantém). Contudo, em 1942, fruto dos tempos agitados que se viviam, o bar sofre uma tentativa de destruição por parte de exaltados estudantes do Colégio Pedro II (ali perto) que pensavam, erroneamente, tratar-se (o nome do bar) de uma homenagem a Adolf Hitler. Felizmente, Ary Barroso (notável compositor brasileiro) encontrava-se nesse momento por ali, bebendo um chope (que mais?), e de pé, em cima de uma das mesas, acalma os ânimos, esclarece os estudantes e salva o estabelecimento. Daí em diante o Bar Adolf passa a Bar Luiz. Até hoje. Até sempre!
Quem me conhece sabe que só esta história é o suficiente para me fazer apaixonar pelo local. Caso não fosse bastariam os chopes e os pratos que lá se servem (ver post seguinte). Curiosidade: não servem café. Nem se fuma.
Há 10 anos
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