sábado, junho 16, 2007

Não penso, e no entanto existo

Portugal atravessou um período demasiado longo em que tudo era imposto, fosse pela intimidação, pela coacção, pelo medo, pela força, ou ainda pela sugestão cobarde. Mas tudo era imposto de cima. E o pessoal alinhava, cumpria. Hoje, três décadas volvidas, o poder de cima (autoritário) já não está lá e o pessoal, como não sabe pensar por si (a tão falada iliteracia), faz o que lhe dá na gana, mesmo quando sabe estar a fazer mal. Como se só soubessem cumprir quando alguém obriga e não quando alguém sugere ou legisla, ou mesmo quando o seu próprio bom senso assim o aconselha. Só assim se compreende que esteja o país à espera da ASAE para impedir o fumo nos restaurantes (conheço vários donos de restaurantes que não concordam com o fumo e, no entanto, não o proibem desde já...) ou dum GNR a cada 20km de autoestrada para que o pessoal não exceda os limites de velocidade. É nestas pequenas coisas que se vê o atraso de um país. Podem construir um aeroporto state of the art, mas o que farão dele, e nele, assusta só de pensar...

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