Acabei agora mesmo de ver o The Queen de Stephen Frears. Notável, notável, notável. Cristalino, seco, plasticamente certeiro. Mas o mais fascinante, na minha opinião, é que uma vez mais ficamos com a certeza de que a realeza britânica é, de facto, "a" realeza. Nenhuma outra se perpetua e promove como esta. Isto é, entre este filme de 2006 sobre 1997 e toda uma série de filmes anteriores sobre épocas ainda mais anteriores há, por vezes, muito poucas diferenças. Esta rainha e outras anteriores são como réplicas de poses e saberes que se pretendem eternos. Os personagens destes filmes, se antes andavam a cavalo hoje andam de Land Rover. Se antes vestiam cota de malha hoje vestem Barbour. Mas a intriga continua. O protocolo perpetua-se. As relações de poder mantêm-se sempre como tema central. E (quase) sempre sobre motivos fúteis.
Quanto a Stephen Frears, seis anos depois do delicioso High Fidelity, está de parabéns. Aqui fica o cartaz do filme e o link para o site oficial.
Sem comentários:
Enviar um comentário