Expedição, no sábado passado, à Batalha. Como sempre, é bom regressar ao Mosteiro da Batalha. Desta vez, contudo, a surpresa e o agrado vêm de uma campa em particular. Situada à direita da entrada da Capela do Fundador (esta, à direita de quem entra na igreja) está a pedra tumular de Diogo Gonçalves de Travassos. O fausto que vemos nos túmulos dos monarcas uns passos mais à frente não se encontra aqui (é, de resto, uma campa rasa) mas a riqueza gráfica é notável. Uma letra D aposta num sol radiante marca o centro da campa. Este par é depois reproduzido inúmeras vezes (o primeiro exercício de copy/paste da história...) e, numa escala menor, espalhado em volta do par central. Na base, um emaranhado de motivos florais (rosas? espinhos?) sustentam a composição. Penso agora que representam a Terra. Pensando bem, os sóis radiantes podem bem (quem sabe?) ser estrelas brilhantes. A Terra e o Céu. Uma campa destas só pode dar descanso eterno a alguém muito especial. Mas quem foi o homem?
A guia/vigilante/segurança que se encontrava de serviço, após telefonema para colega que se encontrava de folga, apenas me conseguiu informar que este senhor tinha sido professor dos filhos de D. João I e que este monarca, em jeito de profundo agradeci-mento, lhe tinha permitido repousar eternamente à entrada da capela real. As poste-riores pesquisas na internet não me levam muito mais longe. Fiquei, pois, a saber ainda que este senhor foi Vedor e Aio do Infante D. Pedro (tendo mesmo combatido junto ao monarca na Batalha de Ceuta, em 1415) e que foi Cavaleiro-Fidalgo e do Conselho de D. Afonso V. Não são muitas as entradas para este personagem, provavelmente a infor-mação que veiculam nem está muito correcta, mas são as possíveis. Se alguém souber de literatura que aborde a vida e obra de Diogo Gonçalves de Travassos agradeço desde já a informação.
1 comentário:
Descobri, há uns tempos, que sou descendente deste Diogo Gonçalves de Travassos e Melo, através do seu filho Pero Velho de Travassos que morreu em S.Miguel (Açores).
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